Estamos inseridos numa comunidade que, no último ano (ano e meio) demonstrou bastante desleixo para com a separação de resíduos apesar de ser uma prática que está implementada há vários anos na escola. Notamos que a quantidade de resíduos que temos vindo a separar e recolher tem diminuído e os nossos alunos adolescentes são os que menos aderem à sua implementação. Os nossos jovens são bastante consumistas e querem sempre tudo novo e em grandes quantidades. A promoção desta iniciativa pretende quebrar esta corrente de consumo e mostrar que: OS NOSSOS HÁBITOS DE CONSUMO TÊM INFLUÊNCIA NA NOSSA VIDA, NA VIDA DOS OUTROS E NO FUTURO DE TODOS.

Este ano vamos participar na Semana Europeia da Prevenção de Resíduos, que decorrerá de 16 a 24 de novembro, tendo por tema “O desperdício alimentar” de forma a consciencializar e a incentivar à diminuição dos consumos de bens, com ênfase em ações que evitem o desperdício alimentar, bem como incentivem a prática de uma economia circular em oposição à economia linear de toda a comunidade educativa do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga.  Sendo uma escola com alunos com faixas etárias desde os 6 aos 18 anos, consideramos trabalhamos com uma faixa etária chave para conseguirmos alterar alguns hábitos alimentares e ensinar os jovens a procurar produtos mais sustentáveis e a pensar no reaproveitamento.

Conjunto de ações a desenvolver na semana de 16 a 24 de novembro:

1. – Na cantina, num dia desta semana, será servido um prato vegetariano a todos os alunos para a alimentação sustentável.
2. – Campanha de recolha de embalagens para colocar refeições para entregar a instituições que servem alimentação diária a famílias carenciadas (ação promovida pela Câmara Municipal de Braga). Ora, onde se produzem muitas doses de alimentos como restaurantes e cantinas (escolares ou fabris), há muitas vezes sobras que ficam nos tachos, que podem ser destinadas a pessoas em situação de carência, mas, para isso é necessário recolher e depois dividir em doses, em função das famílias em causa. É aí que entram a associação “Virar a Página” e o Refood. E essas entidades necessitam de embalagens que vamos recolher na comunidade escolar: – junto de restaurantes de proximidade, baldes que foram de transporte de azeitonas e tremoços; – junto das famílias embalagens que foram usadas em takeaways e as que foram de gelado (1 litro) e de iogurte (baldes de 1kg). É necessário que todas sejam estanques.
3. – Campanha de solidariedade de recolha de bens alimentares em parceria com a junta de freguesia.
4. -Campanha de angariação de ração para os gatos do gatil do conservatório, bem como, cobertores e mantas velhas para protegê-lo, no exterior, do frio.
5. Aos alunos e respetivos encarregados de educação será pedido que enviem e-mail a estabelecimentos de restauração pedindo-lhes que comecem a mudar o nome das refeições servidas, por exemplo, mudar “Robalo grelhado com batata e legumes” para “Legumes e batata cozida acompanhadas de robalo grelhado”
6. – Realização do Workshop: “Fazer sabão a partir de óleo alimentar usado”, pela professora Lúcia Dourado.
7. – Nas aulas de cidadania os delegados de turma que fizeram o Workshop “Prato Saudável” onde aprenderam receitas com base vegetal saudáveis e com menor pegada ecológica vão divulgar nas suas turmas estas experiências.
8. -Grande campanha de recolha selectiva de todo o tipo de resíduos de forma a consolidar esta prática entre os alunos do conservatório. Ainda se nota muito desleixo a este nível nos vários agentes da comunidade educativa apesar de ser uma ação trabalhado anualmente. Assim, propomo-nos: aumentar o número de contentores de resíduos diferenciados espalhados pela escola e colocados em pontos estratégicos;
9. -realizar uma campanha de divulgação do tipo de resíduos que se recolhem no conservatório – papel e papelão, embalagens de plástico e metal, vidro, rolhas de cortiça, tampinhas, pilhas, material escolar velho e recipientes para servirem de embalagens para refeições, em colaboração com as disciplinas de Português, Ciências Naturais, Educação para a Cidadania e Educação Visual;

A divulgação será feita a todos os elementos da comunidade educativa utilizando os nossos canais institucionais (e-mail e site). Será feito um grande trabalho em sala de aula, em articulação com docentes de várias disciplinas.

Tal como referido anteriormente, a nossa comunidade educativa pauta-se pelo consumo desregrado. Os alunos comparam-se e valorizam-se entre eles em termos do que possuem e do que mostram. Esta iniciativa pretende ser um passo em frente para mudar esta forma de pensamento e este “estilo” de vida. Cada vez mais se fala de economia circular, em oposição à economia linear, que é a mais comum entre nossos alunos (e até famílias). Na sociedade actual em que estamos inseridos é muito fácil e até incentivado o explorar de um recurso, utilizá-lo e depois facilmente descartá-lo.

Durante esta semana pretendemos ensinar e incentivar os alunos a aderir a formas de consumo mais sustentável, ou seja:

– que no momento da escolha de produtos para consumo tenham em conta o tipo e quantidades de embalagens utilizadas,

– depois de utilizados os seus produtos conheçam formas de lhes dar uma “nova vida”, praticando sempre uma economia circular

– e, que no final de vida dos seus produtos saibam exactamente separa-los e onde os colocar para permitir o aumento das taxas de reciclagens de resíduos.

Esperamos que a iniciativa seja bem recebida pela comunidade educativa e que passe a ser uma rotina implementada e solidificada nas actividades diárias da nossa comunidade.

A avaliação será feita através:

– número de turmas/ alunos envolvidos nas atividades;

– número de alunos que consomem a refeição vegetariana servida na cantina;

– quantidade de bens alimentares recolhidos e de resíduos separados;